20/04/2011

a paixão pelo futebol

Antes que os "fanáticos" possam me julgar, reforço e reitero meu "corintianismo", sou completamente devoto ao Timão e sempre serei. Mas as atuações de Santos e Fluminense, hoje, na libertadores, foram realmente apaixonantes. A paixão pelo futebol, em situações de superação (como foram as de Santos e Fluminense) se iguala à paixão pelo clube e um inocente corintiano, às vezes, pode vibrar com um gol do Santos. 
No jogo contra o Deportivo Táchira, o Santos mostrou um grande futebol, certamente, mas somente uma bela apresentação não é suficiente para, momentaneamente, virar a casaca de um torcedor. O que aconteceu no Pacaembu foi uma demonstração de entrega, brilhantismo e comprometimento com seus torcedores. Nessas situações, o telespectador se esquece do entorno que o entorna e se lamenta quando Zé Eduardo "quase" perde o gol, após uma jogada fantástica de Neymar (talvez, se o lance envolvesse Lucas e Dagoberto, o telespectador não se esquecesse do entorno e ficasse nervoso com um gol tricolor). O futebol se sobrepôs.
No jogo contra o Argentinos Jrs., o Fluminense espantou até mesmo seus torcedores ao consumar a vaga nas oitavas da libertadores, contagiando um corintiano que, normalmente, ficaria triste com o sucesso do clube que impediu a conquista do campeonato brasileiro na temporada passada. Um jogo emocionante, que revelou o poder que este clube carioca tem de contrariar expectativas. Um jogo de seis gols, superações, abalos, chutes no gol, na arquibancada, na canela, que resultou numa conclusão milagrosa. O futebol, novamente, se sobrepôs.
Ora, por que este corintiano deveria se ater, com chaves e cadeados, a torcer somente para uma equipe que foi eliminada para um time que foi derrotado por 6 x 0 pelo Cruzeiro; que joga um futebol seco e sem paixão; cuja maior contratação só entrará em campo em cinco meses?
Não estou tentando dizer que "virar a casaca" é uma atitude a ser incentivada, ou até mesmo elogiada (pelo contrário, sinto asco àqueles que deixam de torcer para um time num momento de dificuldade). Mas sim, que se entregar à paixão pelo futebol e se esquecer, por alguns minutos, da paixão pelo time de coração, é uma atitude natural e louvável.
Afinal, o futebol é o motivo primordial de sermos apaixonados pelos clubes.

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